quinta-feira, 19 de julho de 2018

Retorno à questão da verdade



1. Tratei dela a propósito da proposta dum filósofo italiano sobre a chamada pós-verdade (no blogue, 11/02/2018), mas a questão ficou pouco clara, sem sistematicidade argumentativa. E é uma questão preocupante para quem se dá às questões fortes do sentido das coisas e da vida. Volto pois a ela, procurando saber donde partir o questionar. Há dois obstáculos seculares à questão: por um lado, a separação entre pensamento e realidade, entre as palavras e as coisas, entre o sujeito que questiona e o objecto questionado, como se fossem dois mundos que se enfrentavam de zonas opostas; por outro, a bitola absoluta para a verdade, vinda desde o platonismo da diferença Céu / Terra onde o cristianismo alojara o Criador, valendo por si só, ab-solus, a que cada coisa que ele criou é relativa, como criatura sua, a sua verdade anterior a qualquer consideração do seu contexto particular, numa espécie de tête-à-tête, a que Heidegger chamou onto-teo-logia, discurso (logos) do ente e do deus. Claramente predominante nas filosofias dos cartesianos até Leibniz, a critica da razão pura desalojou-lhe os três pilares, mantendo todavia o esquema cognitivo no sujeito / objecto, aquele voltado para o mundo deste em seus a prioris.
2. É ainda neste esquema que Husserl liga a consciência que percepciona ao objecto que lhe aparece, ligados na intencionalidade do aparecer fenomenal, sem o qual não há consciência,; mas também não há sensações prévias ao objecto percepcionado, que necessitem de ser sintetizadas: a mesmidade do objecto na diversidade de percepções possíveis, visuais, tácticas, acústicas, olfactivas, é condição da mesmidade da consciência que percepciona, em sua intuição sensível. Só no passo seguinte, o da intuição categorial, intervém a linguagem do juízo que nomeia o objecto S e o adjectiva de uma (ou mais) qualidade P (S é P), o que mantém a secundariedade da verdade deste juízo em relação à intencionalidade perceptiva. Não é certo que Ser e Tempo a desfaça como o fará a gramatologia, mas a sua revolução consiste em retirar o Dasein do par ontoteológico sujeito / objecto ao colocá-lo como ser no mundo, que é o dos outros humanos e do cuidar enquanto habitante da Terra, permitindo ao II Heidegger recuperar a phusis de Aristóteles e a sua fecundidade, a doação que se retira. Ora, faz parte deste percurso a consideração da historicidade das palavras, mormente filosóficas, a indagação de etimologias possíveis, como a célebre entre todas alêtheia, verdade de algo ou de alguém como o seu desvelar ao humano que cuida, verdade que é doada à sua nomeação. É o caso dum bebé que nasce e se recebe – é menino ou menina? é preto, branco ou mestiço, em casal de etnias diferentes?[1] –, bebé a quem se dá um nome como parte do ritual que o torna membro da tribo. Ou no caso dum marceneiro que, trabalhando com vários tipos de madeira, faz um objecto que, depois de (pro)duzido, de trazido à presença dos usos, se chamará cadeira, ou mesa, ou armário. E se não tem nome ou este for ignorado, será por exemplo a ‘coisa’.
3. O passo de Derrida introduz os outros e o contexto da habitação com a questão da linguagem enquanto escrita, isto é, um sistem que se re(pro)duz por aprendizagem em articulação com os outros usos. Nem palavra nem frase são ‘verdadeiras’ , não são senão elementos de composição de falas, discursos orais ou textos escritos. É certo todavia que se pode falar da ‘verdade’ duma mesa, feita de nogueira, com mais de cinquenta anos, bonita e adequada a uma dúzia de comensais, etc., ou da verdade da cadela Ginja, arraçada de pastor alemão misturado, com 14 anos e com seus hábitos e gostos, a verdade das suas possibilidades. Quando se trata da verdade dum humano, a questão é bem mais delicada, já que em boa parte ele/a sabe melhor dela, da sua saúde e do seu contentamento com a vida, das suas memórias e sonhos, do que lhe vem à cabeça, enquanto que os que com ele/a convivem saberão do que observam de fora ao longo dos tempos, do que lhe ouvem, talvez confidências, do que deduzem, simpatias e aversões, habilidades e incapacidades, convivas esses que rapidamente chocam com o enigma que ele/a é, e que ao/à próprio/a é dado doutra perspectiva. A sua verdade é também ela de possibilidades, mas muito mais vastas porque incluindo possibilidades de mudança de contexto, de mundo e de usos, que pode até ser para longe da tribo de origem, a perder de vista o que, tribalmente enquadrado, se sabia dele/a. Com efeito, o que se apercebe de outrem é sempre no contexto tribal de relações (parentes, vizinhos, colegas, amigos, conhecidos), em torno dos respectivos nomes, os quais vêm sempre no que se conta ou opina dele/a, com as qualificações mais ou menos adequadas, mais ou menos incertas. Coisa ou gente não se conhece sem os nomes respectivos, não há oposição entre um nome e a coisa nomeada, como não a há entre um retrato e a pessoa retratada, entre um mapa e o correlativo território. Esta diferença coisa / nome vem constantemente na filosofia grega clássica, onoma / pragma, antes do helenismo ter acrescentado outras línguas ao grego e portanto a economia da tradução, com o signo e o seu lekton, o significado do nome que o estrangeiro desconhece, ao ouvir o nome e sem ver a coisa. [A denominação é certa mas não é uma definição, contém por vezes um grau de incerteza, por exemplo em que se escolhe os pratos pelos nomes no menu dum restaurante : escolhi ‘toucinho do céu’, que nome supõe (uma receita e) um gosto e ao comê-lo perguntei a mim próprio por que carga de água é que chamavam àquilo ‘toucinho do céu’]
4. Mas a grande diferença introduzida pela gramatologia nesta questão da verdade está no aforismo “não há fora de texto”, que implica que as coisas de que o texto fala são ditas, significadas pela indicação do seu nome mas apenas conhecidas pelos efeitos nesse nome das diferenças textuais, que podem figurar algo de diferente, como as metáforas, por exemplo, esse algo será o que o texto dá a conhecer. Ora estes efeitos textuais, escritos ou orais, em geral segundo códigos conhecidos dos falantes, quando são relativos a usos estritos, são multiplicação de polissemias (de que a metáfora é um caso) como economia estrutural da língua que evita que as palavras usadas não ultrapassem os poucos milhares que se usam no quotidiano. São bons exemplos de polissemia os provérbios, capazes de ilustrar situações sempre diversas, tanto para o sim como para o não ou o talvez, exemplo popular do que os eruditos fazem como poesia e literatura, pensamento ou conhecimento. É que não se conhece nada senão relacionando com outros conhecimentos já sabidos, à maneira do dicionário (imensa tautologia, Barthes) que dá as significações das palavras através de outras palavras, possibilidade indefinida de frases com limite de palavras, multiplicadas pela sintaxe, morfologia e polissemia.
5. A questão então é: como passar da verdade das coisas e dos humanos para a verdade dos textos, orais ou escritos. A minha proposta é abordar esta questão da verdade textual passando da diferença nomes / coisas para estoutra com a qual aprendemos uns e outras: receitas / usos, aquelas sendo os textos narrativos que dizem estes em seu fazer-se. Teoria e prática, saber e experiência, são aí sempre ligados, o que permite que a aprendizagem ligue indissociavelmente os nomes, as coisas e o como se faz, em verdade. Verdade, em nome de quê? Dos antepassados que já assim faziam. Digamos que é onde está a base que impede a radicalidade dos cepticismos filosóficos, que sempre viveram da oposição nomes / coisas que aqui não existe. Mas além dos usos, de carácter técnico, por assim dizer, há os costumes, e é aqui que tudo fia mais fino. Se se puder dizer, de forma simplista, que o que até agora chamámos ‘coisas’, da ordem dos ‘fenómenos’, do que aparece aos olhos e talvez às mãos também, ao faro e aos ouvidos, releva do que a gramática clássica designava por substantivos (e verbos, mas talvez não todos), sobra o mundo dos adjectivos que qualifica e introduz gostos, aqueles que o provérbio diz que não se discutem mas também os que se discutem, muitas vezes fortemente, e que por isso mesmo deram origem à substantivação desses adjectivos: de livre a liberdade, de justo a justiça, e por aí fora, essência e existência dos filósofos. De forma geral, usos e costumes organizam-se segundo paradigmas e é nesses paradigmas, nas suas variações históricas, que a questão filosófica da verdade se põe, em torno de discussões de época. Há um exemplo no meu e.book Da Natureza à Técnica (cap. 3. 21-31), sobre a querela medieval dos universais entre ‘realistas’ e ‘nominalistas’, em que se percebe como um especialista dessa época (Alain de Libera) lê Aristóteles à maneira medieval (platonizado teologicamente, se se pode dizer, na sua Metaphysica, ignorando a Physica de que aquela depende), no que consiste a maneira da filosofia académica funcionar, isolando os textos do mundo que os escreveu e ignorando as transformações desse mundo: ou seja, a verdade textual deve incluir o gesto histórico da escrita em sua época, a da discussão, deve ter em conta a história da civilização que impede a noção de “philosophia perennis”. De maneira muito elementar, pode-se dizer que aquela discussão – saber se em cada cavalo há uma essência de cavalo (realismo) ou se esta é um ‘nome’ acrescentado pelos humanos aos cavalos (nominalismo) – foi vencida pela verdade nominalista, pela sua via moderna sobre a aristotélica via antiqua, tendo vindo a abrir a possibilidade cartesiana das ideias e a possibilidade do laboratório da ciência física de Galileu e Newton, a possibilidade de toda a ciência europeia, incluindo a biologia molecular. Só que esta caracterizou a espécie equídea pelo seu programa genético em cada cavalo e égua, confirmando numa outra conceptualidade a verdade dos realistas, cuja derrota de então a tornou possível. Exemplo duma verdade, entre filosofia e ciências, historicamente retorcida.
6. O primeiro lugar dum inquérito sobre a noção de verdade deve fazer-se, não apenas em tal texto, como também no paradigma histórico em que ele foi escrito e depois naqueles em que foi lido: buscar a verdade desse texto, o que o fez escrever e ler. O motivo de paradigma de Kuhn diz quer o que atrai um cientista à sua ciência, digamos a tradição dela, como o que orienta o seu saber e fazer, os puzzles a resolver, mas sem opor teoria e experiência, incluindo todo o operar laboratorial e o teorizar em compêndios e revistas, condicionando a visão de cada indígena do paradigma (que foi o que implicou muitas resistências a este motivo). Ora, é um motivo que se presta a definir toda e qualquer unidade social, fábrica, empresa comercial, unidade administrativa, família, e permite em geral circunscrever a verdade dessa unidade social à sua verificabilidade em relação ao paradigma, aos respectivos usos, como se faz exemplarmente no laboratório de física. No exemplo dado acima, é a verificabilidade que o laboratório bioquímico deu ao motivo de espécie biológica que permitiu concluir sobre a verdade filosófica medieval e moderna. As ciências inventaram com os respectivos laboratórios métodos de verificabilidade do conhecimento que produzem que a filosofia, com apenas a definição, não conseguiu. Esta verificação diz respeito a erros, não a mentiras nem a ficções. Estas duas formas de ‘não verdade’ só podem jogar desde que respeitem a condição aristotélica da verossimilhança (eikos), isto é que pareçam verdade em relação ao paradigma em que se inserem.
7. Resta dar um exemplo do que acima se disse como tarefa de leitura da verdade dum texto, daquilo que o fez escrever. Não sei que destino tiveram, a partir dos anos 80, as semióticas estruturalistas dos anos 60 e 70, de que creio terem tido sucesso – não sei se sucessores – quer as Mitologias de Lévi-Strauss, quer a leitura textual dum só texto de Roland Barthes, S/Z e outras três tentativas. Procurei seguir o método deste último em vários exemplos, de que contarei um aspecto da minha Leitura materialista do evangelho de Marcos[2].
8. A Bíblia cristã (conheço muito mal a hebraica e nada da tradição judaica de leitura) é considerada como o livro que foi mais lido no Ocidente, mas nunca foi o seu texto, apenas pedaços, citações destacadas do contexto e mesmo essas lidas com olhos gregos, platónicos ou não. Foi também provavelmente o texto mais avaliado criticamente na modernidade mas aí a armadilha maior foi a consideração praticamente unânime, crentes ou ateus, de que se trata dum livro religioso. Os crentes, lendo a sua figura principal, Jesus, como uma divindade incarnada que sabia tudo, acrescentaram-lhe a noção implícita de que foi escrito para durar os quase dois mil anos que nos separam dela. A exegese científica da escola histórico-crítica que predominou no século passado cortou os textos evangelhos em perícopas (Formgeschichte, história das formas), procurando encontrar nas comunidades que receberam a pregação cristã inicial, ou seja no seu contexto de destino, a razão de ser de cada uma delas. A ideia não é má, embora provavelmente essas comunidades tivessem muito do imaginário ‘cristão’ do exegeta, mas teve como consequência a desintegração do texto narrativo, suspeito aliás, com os seus milagres, de infidelidade histórica. Diga-se desde já que, ao procurar-se uma ‘verdade’ do texto, da narrativa, não se trata aqui de buscar  uma verdade histórica desse tipo, embora alguns pontos de verossimilhança sejam possíveis e outros de plausibilidade, com a não verificabilidade dos elementos relevando do código mítico, opondo Céu / Terra / Abismo (desmitologização bultmanniana). Desse trabalho exegético resultou uma tese importante no que diz respeito aos três evangelhos ditos sinópticos, justamente por causa da relação entre eles permitir uma ‘óptica’ de ‘conjunto’ (sun): Mateus e Lucas dependem de Marcos no que têm de paralelo, ambos têm uma outra fonte comum, Quelle, e ambos têm uma fonte própria. O que faz de Marcos o primeiro, que mereceu a confiança dos dois outros (enquanto que João releva duma tradição bem diferente, com pouco paralelo com os outros três).
9. Vamos então ao texto de Marcos em que, à maneira de Barthes, repertoriei uma série de códigos de tipo paramétrico, interpretando-os com uma grelha restituindo o modo de produção da Palestina da época, que colocou o Templo de Jerusalém no nó do poder religioso, politico e financeiro. Quando Marcos foi escrito, esse Templo tinha sido incendiado pelos Romanos em 70 e pode-se perceber que nos três sinópticos a narrativa oferece um antagonismo fundamental entre o actor narrativo profético Jesus e esse Templo, donde expulsou os vendilhões e que ocupou, depois de discutir com as chefias politicas e religiosas, tendo-as calado com autoridade. Três códigos sequenciais articulam a trama narrativa, o principal conduzindo as acções dos diversos actores narrativos, colocando em Jesus uma primeira palavra “o tempo cumpriu-se e o reino do Deus está perto; convertei-vos e crede na boa nova” em forte contraste com a última, “meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”, que é dada no original aramaico em que Jesus a terá pronunciado antes de expirar. Outro código sequencial busca saber quem é este Jesus taumaturgo que fala com autoridade e anuncia o fim dos tempos, entre várias hipóteses (profeta, João Baptista ressuscitado, etc), um dos discípulos, Pedro, na sequência dum gesto de partilha de pão e peixe, tendo reconhecido que ele era o Messias, o que ele próprio prisioneiro confessará diante do tribunal judaico no Templo. Um terceiro código se cruza frequentemente com este, o das estratégias de Jesus e dos seus discípulos (que o seguem), das multidões (que o procuram e escutam) e dos adversários (que tramam a sua perca desde muito cedo). Diante dessas estratégias, Jesus escolhe a sua, fugir das cidades deixando-se atrair pelas multidões fora delas, durante a primeira metade do texto, passada na Galileia; na sequência da confissão de Pedro, decide-se a partir para Jerusalém onde afrontará os senhores do Templo, refugiando-se em clandestinidade durante a noite, onde será preso por traição dum dos seus, condenado pela autoridade romana, executado e sepultado. Uma curta sequência junto do sepulcro dois dias depois dá-o como ressuscitado e anuncia-o na Galileia. A narrativa é pois a dum fracasso do Messias que anunciou o fim dos tempos, que teve sempre a precaução estratégica de escapar aos seus adversários mas acabou apanhado. Questão que poderá pôr um leitor: porque é que ele foi meter-se na boca do lobo, em Jerusalém? O texto dá uma resposta a tal questão, fazendo Jesus por três vezes anunciar o que lhe sucederá, como sofrimento, rejeição e crucifixão, mas depois levantar-se-á dos mortos. Ora, esta predição do futuro narrativo é contraditória com o código estratégico e com o que ele supõe de Jesus como alguém que toma cautelas por não saber o que virá e que obviamente não quer ser morto, contradição aliás que se manifesta claramente na surpresa total dos discípulos em torno do sepulcro vazio. É nesta contradição textual que se manifesta a verdade do texto. Não apenas em relação ao que se passou 40 anos antes, mas sobretudo em relação ao fim do Templo que acaba de ocorrer, que um longo discurso de Jesus anuncia, evocando uma expressão profética sobre uma antiga profanação do Templo: “quando vires a abominação da desolação erigida onde não deve – compreende, leitor! – [...]”, este convite ao leitor sendo a chave do texto, caso raríssimo na Bíblia em que se cita o seu leitor[3]. É para o anúncio primeiro, “o tempo cumpriu-se e o reino do Deus está perto”, que o leitor é chamado, a compreender que Jesus Messias virá brevemente, ele que dissera que o faria enquanto fossem vivos alguns dos que o conheceram. As cartas de Paulo mostram que os apóstolos acreditavam que Jesus voltaria em glória ainda durante a vida deles. Em 70 já tinham morrido quase todos, agora que também o Templo acabou, não falta mais nada; mas depois da morte na cruz, que não tenha voltado como Messias foi o segundo grande fracasso (que Lucas procura adiar sine die)[4].
10. Afinal, para o leitor de Marcos, Jesus não foi o Messias. A verdade deste texto desdobrou-se em seguida, na procura duma outra resposta ao clamor do “meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”, do que as possíveis no paradigma antropológico hebraico, nem a ressurreição nem o retorno messiânico que ela supunha. Essa nova resposta, já se esboça nos últimos textos do novo Testamento, ajudada com terminologia filosófica (Colossenses, Efésios, Filipenses 2,6-11, evangelho de João) mas desenvolver-se-á no paradigma platónico de Alexandria, com o que será o dogma da incarnação, afirmado no sec. IV sem a menor referência à ressurreição nem ao Messias. É certo que Deus e a ressurreição são fenomenologicamente inverificáveis, que há muitas leituras textuais a fazer nesta conclusão rápida, não impede que se possa vislumbrar que a verdade de Marcos permite programar a verdade da teologia cristã como resposta àquele clamor insuportável.



[1] Tenho vários sobrinhos em que a questão se pôs.
[2] Publicada em francês em 1974, traduzida em castelhano, alemão e americano. Em resposta ao sucesso duma ficção célebre sobre o código bíblico, esta leitura foi retida na antologia das 50 obras principais de crítica moderna da Bíblia por um grupo de exegetes de língua alemã, Thomas_Staubli, Wer knackt den Code? Meilensteine der Bibelforschung 50 Porträts, Patmos, 2009, Dusseldorf [Quem é capaz de decifrar o código ? Grandes marcos da investigação bíblica. 50 retratos] 35 anos após a publicação, foi um consolo incalculável.

[3] Além do paralelo de Mateus, apenas numa carta no início do livro do Apocalipse (1,3).
[4] Tratei da questão de como se instituiu o dogma cristão da incarnação no texto de 23/02/2018.

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