Caiu uma cortina de ferro cultural sobre a Europa
continental: doravante só a língua inglesa com o seu empirismo é veiculada pela
globalização electrónica. Quem não sabe inglês, é analfabeto, quem não sabe
francês ou alemão, é ignorante. A filosofia anglófona, que algumas vezes
bisbilhotei, nunca me interessou: encontrei-me recentemente analfabeto, devido
a esta involução cultural em torno de mim. Infelizmente, a tradução automática
é aqui fortemente limitada, dado o grau zero da morfologia verbal inglesa (o
que a torna óptima para a tecnologia, o comércio e o turismo) comparando com as
ricas morfologias das outras línguas europeias. Um dos problemas mais graves do mundo de hoje é que os
Americanos só sabem inglês. Para quem não se resignar à auto-tradução numa
língua de cultura estruturalmente empirista, a única atitude é a da resistência
e das trocas cúmplices, que a Teia global aliás vem enormemente facilitar.
domingo, 1 de abril de 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)